Cristiana, servidora efetiva com 30h semanais, ganha quase 4 vezes mais que um vereador. Portal da Transparência revela diárias acima de R$?10 mil. Sob a presidência do vereador Mika, a Câmara Municipal confirmou dois eventos de padrão de gala na Ampasul — o Encerramento do “Câmara Vai à Escola” nesta sexta (26/09/2025) e a entrega do Título de Cidadão em 07/11/2025. O pacote soma cerca de R$ 120 mil, com locação do espaço por R$ 33 mil (via inexigibilidade) e execução da estrutura e buffet pela Arena Show & Estruturas Ltda. (por licitação). A decisão gera indignação por transformar solenidades do Legislativo em cenário de festa privada pago pelo contribuinte. A Arena Show & Estruturas Ltda., empresa de Aquidauana-MS, foi contratada por licitação para entregar uma produção comparável a baile de debutante: Prestação de Serviços de Buffet com Decoração, Sonorização e Painel de LED, com profissionais qualificados, fornecimento de equipamentos de som e todo o aparato de buffet (mesas, toalhas, copos, taças, jarras de vidro, pratos, talheres, guardanapos, gelo e garçons), além de outros itens necessários.     Há ainda um dado que amplia a controvérsia: Aquidauana fica a 469 km de Chapadão do Sul — ida e volta totalizam 938 km. Considerando dois eventos, a operação logística beira os 2.000 km, um peso adicional que contrasta com o discurso de economicidade. O ponto mais sensível é a locação do espaço da Ampasul, por inexigibilidade, ao custo de R$ 33 mil. Ao dispensar a competição, a presidência Mika afastou a possibilidade de abrir orçamento a outros espaços e buscar alternativa mais em conta, opção que poderia reduzir o impacto ao erário sem comprometer a solenidade. O resultado prático é um roteiro de gala institucional, com painel de LED, iluminação de show, sonorização profissional e buffet completo, que descola o Legislativo da sobriedade esperada em tempos de vigilância sobre o gasto público.         A indignação popular cresceu na mesma proporção do brilho do evento. Moradores relatam revolta com a ostentação e veem na decisão pessoal do presidente da Câmara um desrespeito ao dinheiro público, sobretudo quando havia caminhos mais simples e econômicos para as cerimônias. Ao transformar atos oficiais em um jantar de gala de quase R$ 120 mil, com R$ 33 mil apenas na locação e logística de quase 2.000 km para a empresa contratada, o presidente Mika erra a prioridade e fere a credibilidade do Parlamento. Respeito ao contribuinte se demonstra com parcimônia, transparência e comparação de preços, não com taças reluzentes sob painel de LED. Direito de resposta: O presidente da Câmara, vereador Mika, tem espaço garantido para apresentar sua versão e eventuais esclarecimentos sobre os fatos aqui noticiados. Fonte: MS Todo Dia Foto: Redes Sociais